Sentada no cais da praia, as ondas murmuram-me vozes de um mundo sem começo nem fim, de uma simples e ingénua existência. Murmuram-me vozes da alma de um poeta, que escreve na espuma branca palavras brilhantes de cristais salgados.
Sinto palavras vaguearem nas cristas das ondas, palavras que de tão simples, difíceis se tornam, palavras que procuram a expressão da sabedoria, que nem aquele mar vestido de mistério e beleza consegue traduzir.
Sentada no cais da praia, sinto essa alma do poeta, aquele que fala da vida para a vida, aquele que vê para além do mar, que entrega ao vento palavras simples, que brilhantes de sal procuram a beleza de uma alma singela, num mundo de intensas maresias.
E é nesse mar profundo, que as ondas levam os desabafos daquele que um dia foi trovador, imortalizado na brisa salgada, perpetuado na simplicidade das palavras, que de tão singelas desmembram os verbos feitos em castelos de areia.
Querida Rita,
ResponderEliminarEmocionei-me com esse poema....e estou com tanta saudade de uma praia....
Bjs,
Momentos preciosos, descreveu. Nesses instantes, tudo é poesia. As palavras passam, realmente, diante de nós. Percebemos um turbilhão de emoções que não conseguiríamos descrever.
ResponderEliminarMuito lindo e sensível seu texto.
Bjs.
Boa noite, Rita. O poeta tem essa sensação de simplicidade, de uma leveza e ao mesmo tempo com um ímpeto avassalador, imenso, que traduz vida, alegria, tristeza, solidão e encantamento.
ResponderEliminarO poeta é alma, e nela se entrega, mergulha, fazendo a quem ouve, sentir.
Um beijo, e fique na paz!
E com este texto, mais uma vez provou, que ser poeta é algo que nos é intrínseco, nasce connosco a sede de transformar as nossas emoções em palavras, e transformá-las assim, desta forma, com toda intensidade e serenidade.
ResponderEliminarNão é apenas poeta aquele que tem dezenas de livros editados, é poeta aquele que sabe pensar, sabe sentir e consegue passar a mensagem desta forma tão cativante.
uma prosa poética muito bem escrita.
ResponderEliminaruma boa semana.
beij
Sentados ou de pé olhando o mar, sentimos nascer em nós poesia que as gaivotas levam no bico .
ResponderEliminarQuantos murmúrios ouvimos nesse marulhar das ondas e quantas palavras se desfazem na espuma branca com sabor a sal...
a atração pelo mar é marca daqueles que sabem contemplar, mas é-o, sobretudo, dos que viajam e fazem da viagem o pulmão e a vela.
ResponderEliminarbeijinho!
Encantada!
ResponderEliminarSeguindo-te.
O poeta vê o mundo com as cores de sua alma...beijos amiga e uma bela semana pra ti.
ResponderEliminarO olhar nasce connosco.
ResponderEliminarUns vêem a poesia no mar e noutras coisas.
Outros, nem por isso... e alguns conseguem ver se um poeta lhes abrir os olhos...
O teu olhar, não tenho qualquer dúvida, é de poeta. Nasceu e vive contigo.
Rita, querida amiga, desejo que tenhas uma boa semana.
Beijo.