sábado, 25 de maio de 2013

Desassossego





Será amor este desassossego
Que me leva a aceitar a solidão
Esperando um eco trazido pela vida

Entro na próxima taberna deste destino
Nesta incerta procura entre o sono e o sonho
Que me leva a querer amar-te sem saber amar

Sinto o aroma da terra na tua pele
E deixo o meu corpo ceder
Perdido nesse tempo sem tempo

Seria a hora do sol poente

E talvez te ame sem medo de amar



sábado, 11 de maio de 2013

VIAGEM






Não raras vezes paro na berma da estrada com a dúvida plantada no mapa da vida sem saber ao certo para onde ir.

Não raras vezes sinto a fadiga dessa viagem cansar-me a pele, e dou por mim de volta ao jardim com cheiro a jasmim.

Cerram-se-me os olhos cansados, e, na esteira da vida espero acalentar o sono, trazendo na noite tudo o que de belo amei.



domingo, 5 de maio de 2013

Homenagem a ti, mãe





 
Eu podia morar nas asas dos falcões

Viver o êxtase das aves solitárias

Rumo ao inevitável caminho do céu

Onde te encontraria, mãe



Eu podia viver o sol purpura entrando na noite

E sentir o brando silêncio trazido pela brisa

No sono da morte deliciosamente misteriosa

Onde te encantaste um dia



Quem sabe ouvir os grilos entoando a melodia 

Que me cantaste num outro tempo

E pedir ao vento que te devolva

Desse secreto e constante sono



Mas, vou viver a tua morte, mãe

E conquistar a tua paz sem chorar a noite

(Reedição)