quarta-feira, 28 de maio de 2014

AMOR




Porque um dia serei pó na brisa salgada

Que me leve o vento

na primavera,

Que ouçam os pássaros

o meu canto,

Entoem os sinos

a ave maria,

E eu nascerei desse pó salgado

Sorrirei nas flores do teu jardim
Falarei nas ondas da tua praia

E se um dia cantarem as sereias

Saberás que vivo eternamente


domingo, 4 de maio de 2014

Mãe



Eu podia morar nas asas dos falcões

Viver o êxtase das aves solitárias

Rumo ao inevitável caminho do céu

Onde te encontraria, mãe.


Eu podia viver o sol purpura entrando na noite

E sentir o brando silêncio trazido pela brisa

No sono da morte deliciosamente misteriosa

Onde te encantaste um dia.


Quem sabe ouvir os grilos entoando a melodia

Que me cantaste num outro tempo

E pedir ao vento que te devolva

Desse secreto e constante sono.


Mas, vou viver a tua morte, mãe

E conquistar a tua paz sem chorar a noite