Segui o teu rio,
aquele que levou para longe os murmúrios da tua voz,
e os sussurros das aves que me diziam
que seria o último adeus do teu sorriso.
Caiu em mim o peso da despedida,
como se de repente entrasse no último dia do mundo,
no último dia do tempo,
e a vida perdesse as cores,
numa mescla cinza de tarde de inverno.
Vi a tua sombra diluída
Naquela água onde nada sobrou
a não ser palavras sem ressonância
Onde gastámos as lágrimas
Sem que eu acreditasse
Que um rio não volta