quarta-feira, 4 de março de 2020

Noite



Cai o pano escuro,
lentamente,
entre o ocaso e a prata da lua
como se a vida se esfumasse numa bruma morna
e o tempo,
aquele tempo que desmascara tudo,
 me abrisse os palcos.
Cai a luz,
e nessa sombra serena onde me encontro comigo
chega a beleza da solidão disfarçada.
Uso o tempo num balançar de sonhos lúcidos
com máscaras e exaustos contornos
caindo no epicentro da noite.