quinta-feira, 25 de junho de 2020

ESCREVO (OU NÃO) O AMOR






Quero escrever amor, romântico ou não, incondicional ou não.

Escrevo algo parecido com poesia, onde a emoção pinta as palavras e a maresia perfuma o papel deixando-me a pele com sabor a sal e a alma inquieta vagueando nas marés.

As palavras insistem em sair incertas, neste amor que transcende o carnal, inspirado no manto de sol que me cobre a pele de dourado.


E ainda assim, o canto dos lobos desperta-me para uma dúbia existência terrena, onde a vida escancarada me retorna o eco da montanha e eu tento, outra e outra vez, escrever o amor.

Podia escrever assim, simples, um pedaço de silêncio vindo de tantas e distantes vidas.