Não te deixo morrer.
É como se nascesses a cada aniversário e o nosso reencontro se tornasse uma evidência cada vez mais certa.
Ainda assim, não te deixo morrer.
Sinto o teu perfume suave trazido pela brisa que vem do jardim, como se as flores te quisessem perpetuar no seu cheiro.
Sinto-te nas tempestades que me trazem o teu refugio onde ainda sinto o teu colo morno.
Sinto-te no vazio das noites ocas de sonhos, sinto-te até nestas palavras, como se me sussurrasses ao ouvido o teu eterno amor e ainda assim, por muito que escreva, não consigo expressá-lo.
És tu, hoje, a festejar a vida, e eu, em tua homenagem, esqueço a saudade e procuro nas lágrimas apenas o teu amor.