quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Deixem-me envelhecer


 Deixem-me envelhecer em paz.

Com rugas e sinais que contam uma vida que falam de mim.

Deixem vir os sinais do tempo, deixem-me passar pela sabedoria dos grandes amores mortos, pelo fim da juventude ingénua e pela paz de quem conhece a alma.

 Deixem ficar a alma para além da beleza do corpo. Deixem-me refletir nos vincos do rosto, a paixão madura de quem apenas vive para amar cada novo sopro de vida. 

Deixem - me envelhecer e amar, e viver e morrer, prenha de conteúdo.