quarta-feira, 13 de abril de 2022

BEIJO


Será talvez a miragem mais ténue de quem não esgota a memória daquele primeiro beijo, debaixo da amoreira, de onde caíam gotas de sumo e se misturavam na nossa pele.

Continuam lá, as nossas sombras invertidas no lago, ainda com a velha amoreira a pingar amor, e eu a mergulhar naquele que foi o mais ingénuo e genuíno primeiro beijo, onde só voltando a esse lugar, consigo encontrar em mim a pureza, a beleza e aquela simplicidade esquecida.

Será talvez a miragem daquilo que ainda hoje procuro, sem que se esfume no tempo a esperança de encontrar aquela tarde, com sabor a amoras.






2 comentários:

  1. A memória do primeiro beijo, como um regresso à inocência. Belíssimo!
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  2. Tão bonito, tão sereno.
    Um beijo que ficou guardado na memória envolto em beleza e simplicidade.
    Gostei muito.
    Brisas doces*

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