segunda-feira, 8 de agosto de 2011

DESPRENDIMENTO




No desprendimento da vida
Vejo um palco de cenas efémeras
Encontro na impermanência das coisas
O desprendimento da minha alma

No decorrer dos minutos
Em que o presente se tornou passado
E o futuro se tornou presente
Desligo-me do derradeiro desfecho

No desprendimento do tempo
Encontro a paz do momento
E avanço numa vida atemporal
Livre dos últimos epílogos

Na aceitação da impermanência da vida
Encontro a pacificação da minha alma
Que na paz confiante do momento
Se veste de genuína felicidade

1 comentário:

  1. Só uma pessoa com uma serenidade tão grande para escrever algo assim. Tão bonito este poema.

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