Porque nem sempre consigo tirar
as fronteiras das palavras, quando sinto aquela vontade vinda de um submundo
desconhecido, de traduzir em palavras o que nem sempre é traduzível.
Esse sentir para além dos
horizontes da inquietação, que nasce e não raras vezes morre no mesmo momento,
por falta de coragem.
Esse sentir a epopeia da vida que
me faz escrever aquela poesia, que penso ser poesia porque está para além da lógica
das coisas, e depois me faz calar com medo da incompreensão dos homens.