quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A alma da ave




Quero ser a alma da ave

Aquela ave que voa para além do olhar

Aquela ave com alma que voa

Quero ser a alma da ave

Conhecer o mistério das suas asas

E nesse olhar liberto de grades

Conhecer a liberdade da sua alma



Quero ser a alma da ave

Essa alma que rompe o céu rumo ao todo

Que voa no meio do nada, sem nada querer

Quero ser essa alma que voa




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Eu vivia para te ver caminhar para mim







Eu vivia para te ver caminhar para mim

Trazias a cor púrpura do sol e a brisa amena do mar

E caminhavas com o sorriso inocente

Com olhos de céu e mar

De quem ama sem medo de amar

E eu vivia para te ver caminhar para mim.

Vivia pelas tardes que te via chegar

E acreditava no teu sol

E acreditava no teu céu

Vivia para simplesmente te amar.


Era a sabedoria cândida da meninice

Em que nos amávamos naqueles fins de tarde

Sem mundo nem terra para testemunhar

Um amor livre de condições de amar

Vivia na inocência de amar



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Lar



Procurei o lar nas estradas e veredas
Nas caminhadas da minha existência.
Procurei o lar nas moradas incertas

Procurei a quietude e a calma
No aconchego da verdade
Procurei nos lares das muitas moradas.

Procurei num mundo que não me pertence
E na amnésia da minha mente
A paz de um lar que sabia existir.

E quando me aquietei
Refugiando-me no silêncio pacífico
Encontrei a paz na última morada
 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vidas






Vidas opacas que se cruzam e descruzam
Reflectidas em espelhos do tempo
Vidas que atravessam dimensões
Vidas infinitas no tempo

Vidas Finitas na matéria, Paralelas no tempo,
Vidas que vivem a cada respiração
Que amam na carne perecível
E se afundam no alucinar da mente

Vidas que sobrevivem
Para viver