As cortinas correm abrindo um palco gigante onde seres vivos contracenam, representando tão bem que confundem a personagem com o actor.
Esta é a minha visão do alto do Universo, sentada na grande lua.
E é dali que vejo a minha outra parte no palco da terra.
Seres humanos tentando atingir uma evolução inconsciente,
Tentando representar ao máximo as peças que se propuseram.
Representando tão bem que se esquecem de quem são.
E sentada na lua vou recordando a minha entidade
A libertação chega suave e lentamente
A libertação da densidade e da personagem que escolhi
A libertação das amarras do ego, das limitações do humano
A libertação dos medos, do medo da luz, do medo da essência,
A libertação do medo de Deus, do medo do Amor, do medo da Verdade
Agora consigo ver o palco gigante que é o Planeta Terra
Agora consigo ver todos os seres que contracenam comigo
Vejo-os a actuar, a cumprir um guião gigante
Vejo-os escondidos atrás das máscaras, sem coragem de tirá-las
Mas lenta e progressivamente a peça chega ao fim
A evolução a que nos propusemos é atingida
Conseguimos nos reencontrar,
Preparo-me para descer,
Venho livre de volta à minha personagem
Tão livre que altero o meu guião,
Nesse guião renasço num novo acto
Nesse guião sinto a liberdade