Na minha alma batem as ondas como se nesse vaivém de sal eu conseguisse ver-me ainda criança, entre os salgueiros, saboreando cada gota dessa maresia.
Na minha ilha com cheiro de algas, procuro-me no infinitamente azul, no ondular das tuas marés. Procuro-me em ti, mar, e em mim, terra, onde sempre acabo me encontrando, nessa simbiose perfumada de sal e de sol.
Sei que viverei na tua espuma macia.
Consola-me a minha morte porque seremos apenas um, a quebrar na areia da praia de um entardecer púrpura.
E eu respirarei mais uma vez.