quinta-feira, 25 de junho de 2020

ESCREVO (OU NÃO) O AMOR






Quero escrever amor, romântico ou não, incondicional ou não.

Escrevo algo parecido com poesia, onde a emoção pinta as palavras e a maresia perfuma o papel deixando-me a pele com sabor a sal e a alma inquieta vagueando nas marés.

As palavras insistem em sair incertas, neste amor que transcende o carnal, inspirado no manto de sol que me cobre a pele de dourado.


E ainda assim, o canto dos lobos desperta-me para uma dúbia existência terrena, onde a vida escancarada me retorna o eco da montanha e eu tento, outra e outra vez, escrever o amor.

Podia escrever assim, simples, um pedaço de silêncio vindo de tantas e distantes vidas.


7 comentários:

  1. É de amor que aqui se fala. É poesia que aqui se faz.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  2. Poesia ou prosa poética, fica patente uma sensibilidade, na procura da "dúbia existência terrena".
    Solidário abraço poético.
    Juvenal Nunes

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  3. Falas do amor com a limpidez de quem conhece a linguagem do silêncio.
    As tuas palavras têm transparência de um luminoso amanhecer...
    Um beijo!

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  4. Excelente quando se escreve com gestos

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  5. Escrever o amor, é construir uma ponte para uma infinitude de mistérios. Nunca sabemos o que nos espera do outro lado da margem.
    Escrever o silêncio...é saber interpretar o seu grito!

    A.S.

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  6. Amei esse "pedaço de silêncio", que coroou com êxito sua prosa poética. Abraço.

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