Deixei as palavras obscenamente silenciosas
Lancei-as no vácuo das almas sombrias
E escrevi solidão e silêncio
Num consolo fictício
E escrevi solidão e silêncio
Num consolo fictício
Não deixei as palavras falarem de mim
Caíram no papel gélido, procurando vida
Morreram, nasceram, partiram
Indiferentes que estavam ao pensamento
Eram só palavras
levando pedaços de mim
Sem nome nem rosto
Deixei as palavras à beira do porto
No adeus da próxima maré
Mas são as palavras que restam, quando tudo deixa de existir, então certamente não serão assim tão silenciosas, nem morrerão tão facilmente, e muito menos sozinhas.
ResponderEliminarpensaste que as deixaste... (mas elas não te deixam)
ResponderEliminarabraço Rita
Palavras que a maré leva e traz...
ResponderEliminarBeijo.
as palavras existem sempre
ResponderEliminarela vão
e voltam
como um ciclo
....
profundo e belo.
:)
As palavras não te deixam
ResponderEliminarBjs
Cem anos de bruma nos olhos
ResponderEliminarVenham devagar ver, ouvir o poeta
No suor do sonho, ouço vozes num cântico azul
Garça, gaivota, pássaro voando a sul
Luminoso fim de semana
Terno abraço
Palavras que ficam, que vão, que voltam, mas que jamais a deixam...
ResponderEliminarMuito belo!
Bom fim de semana, Rita.
Beijos
Nas" almas sombrias " há muita solidão e o silêncio impera; não o silêncio consentido, desejado, mas o silêncio imposto; não há palavras que entrem nessas almas, nem as palavras escritas nem as ditas; essas almas não querem palavras a falarem dela,,,a falarem seja do que for; as palavras morrem simplesmente. Melhor deixar as palavras para a próxima maré quando a alma deixar a sombra...quando a alma ganhar
ResponderEliminarrosto...ganhar nome...quando ela, enfim receber a luz que ilumine a sua solidão. As palavras têm um poder imenso, mas nem sempre são bem recebidas, porque nem sempre a alma está " procurando vida ;" tantas vezes está gélida...completamente vazia!!!!
Excelente, como sempre, Rita.
Uma boa semana e que encontres as palavras à tua espera " à beira do porto ". Beijinhos
Emília
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É esta a natureza delas.
ResponderEliminarLindo poema!
bjos
Às vezes as palavras não nascem...
ResponderEliminarMagnífico poema, gostei.
Rita, tem uma boa semana.
Beijo.
a cada porto, chega sempre um barco
ResponderEliminarhá uma consolação maior ao regressar a casa
um abraço, Rita
Boa tarde,
ResponderEliminarPalavras sentidas que são a morte do pensamento, por vezes as mesmas partem com revolta e regressam com amor.
Cumprimentos
ag
Exorcizar os males mandando embora as palavras que convocam medos e tempestades, é um imperativo. Precisamos que elas trabalhem para nós, e não assustem...
ResponderEliminarBeijo amigo
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