quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Quando deixar de voar





Quando deixar de voar

Batam palmas e entoem canções

Dancem a dança da luz
Pois estarei viva

Nas asas da última ave

Quando deixar de voar

Dancem ao som de tambores

Porque as minhas asas bailam

No lusco-fusco do tempo


Quando deixar de voar

Desprendam gargalhadas ao vento

Cantem cânticos de alegria

Porque continuarei viva

Nas asas do último falcão

12 comentários:

  1. Viva sempre no voo da ave, nas notas da canção, na força do amor e da vida,,,e nos versos da mais pura poesia...belíssimo seu blog,,,obrigado pelo carinho da visita ao Livro...volte sempre...beijos de bom final de semana

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  2. Incrível, Rita! Sensível demais...
    Bjs,

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  3. Quando deixar de voar quero também continuar viva naqueles que ensinei a voar e naqueles que me acompanharam no meu voo. A propósito deste teu lindo poema e da interpretação que lhe fiz ( não sei se foi a correcta...nunca sabemos...ela é sempre diferente, como diferentes são os olhos que oleem) vou deixar aqui umas frase de um livro que eu li e recomendo: o Vendedor de sonhos de Augusto Cury. Esse vendedor de sonhos o, Mestre, num velório disse:

    "estão aqui tristes com a sua ausência, mergulhados num sentimento de vácuo existencial, porque o estão deixando morrer no único lugar onde ele tem de continuar vivo, DENTRO DE VOCÊS.
    ....O Mestre dos Mestres quis mostrar que o velório pode ser um lugar de lágrimas, mas deve ser acima de tudo um ambiente saturado de elogios e recordações solenes."
    " Por favor, contem-me os feitos desse homem! Declarem o significado dele na vida de vocês!"

    Nós não morreremos se tivermos deixado algum significado na vida daqueles que connosco conviveram; continuaremos vivos nas acções que fizemos, nos exemplos que deixamos. Se nós tivermos capacidade de ver a beleza das aves teremos também a capacidade de dar significado à nossa vida e à dos outros e assim voaremos pela ultima vez com a certeza de que alguém nos reconhecerá no voo de uma outra ave, mesmo que seja a mais pequenina. Adorei, Rita. Muito obrigada pela partilha e tenha um bom fim de semana
    Um beijinho
    Emília

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  4. O vento como tempo da tua pessoa abre as curtinas desse infinito espaço. Cada asa a bater é uma aba para eternidade.

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  5. O sonho é um voo constante.
    Podemos e devemos sentir-nos livres e soltos para voarem cada madrugada.
    A esperança será a mossa alma em todos os voos.

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  6. somos, na verdade, projeções de tudo aquilo que fazemos nosso ou deixamos que nos faça seu.
    beijinho, rita!

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  7. Você comparou o bater das asas de uma borboleta com uma dança. Muito bom. Eu fiquei imaginando um leque.

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  8. Prabéns pelo talento poético que as tuas palavras revelam, neste e noutros poemas que li.
    Beijo.

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  9. quando deixar de voar que o céu e o mar estejam azuis...

    um beij

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  10. Quando deixar de voar, ainda terá vida, porque esta não se vai com as asas perdidas.

    Obrigada pelo afetuoso comentário no meu canto.
    Bjs.

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  11. Rita

    Sonhos e voos fazem parte do nosso imaginário e são o catalisador da nossa força de Viver.
    Um Poema de muito talento e valia.
    Lindas as palavras e os sentido.

    Beijos

    SOL
    http://acordarsonhando.blogspot.com/

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