sexta-feira, 27 de julho de 2012

Morro silenciosamente nas chamas




Morro um pouco nas chamas do fogo
Nessa ilha que do verde se vestiu de cinza
Morro lentamente nas lágrimas desse mar
Que na noite ouvia o monólogo das árvores  


Entranha-me na pele os sinais de luto
E o cheiro dessa noite de fogo
Me desperta
Nessa ilha sem cólera que me acolhe


Silenciosamente morro com essa ilha calcinada
Sob esse céu pintado de sangue



E entrego-me a essa maré vazia


23 comentários:

  1. A destruição deixa sempre um enorme rasto de desalento, e não há quem lhe resista. Mas o verde vencerá a cinza.

    Beijo :)

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  2. Querida Rita!
    Que belo poema e a foto com o colorido em vermelho. Fogo! Chamas. Tudo a ver.
    Parabéns pelo post e um ótimo início de fim de semana.

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  3. O horizonte nos eleva, nos morre, nos vive amanhã!

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  4. Excelente.
    Um dos teus melhores poemas que li.
    Rita, tem um bom fim de semana.
    Beijo.

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  5. Hermosos versos y muy bella foto!!
    La destrucción siempre deja cenizas, en la tierra y en el alma
    Pero la poesía nos enseña, como resucitar el verde de la esperanza!
    Besosss y lindo fin de semana!

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  6. Fogo que consome interiormente e que vai deixando toda a paisagem e todo o horizonte cinza,,,mas sempre haverá de ter esperanças no verde da paz....beijos de bom final de semana pra ti amiga...

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  7. Existe um lugar onde tudo é possivel.
    Onde o amor é verdadeiro.
    Onde se acorda em paz…
    Onde as flores tem um cheiro especial…
    E os abraços vem acompanhados de muito amor.
    Este lugar é meu coraçäo…
    É neste lugar que eu guardo as pessoas que amo .
    E que nunca as esqueço.
    Sou feliz por você morar no meu coração.
    Com carinho e saudades desejo um abençoado final de semana.
    Beijos carinhosos,Evanir.

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  8. Um bom domingo e uma bela semana pra ti minha amiga querida,,,,beijos e beijos...

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  9. Lindo texto, Rita de Freitas. Parabéns. Meu beijo.

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  10. Viajando de blogue em blogue,
    em boa hora aqui cheguei.

    Parabéns pelo espaço,
    pela sensibilidade,
    pela incessante busca,
    pela forma como a diz.

    Obrigada pelos bons momentos de leitura

    B. Luz

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  11. RITA
    Belo poema
    adorei

    tenho andado longe ...estive 20 dias sem computador é mesmo muito tempo...
    depois de umas férias o pc tambem voltou
    e eu venho para dizer gosto muito de ti

    beijos e passa no meu blogue
    Dedais da Lili

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  12. E na maré vazia da sua ilha, sente o aconchego do colo que a afasta do céu pintado de sangue...
    E as árvores com lucidez, vestem-se de verde, sem lágrimas, a sorrir e levam com elas a cor da esperança...
    Num diálogo bem sentido e profundo, que nem a todos alcança!
    Gostei muito.
    Voltarei.

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  13. o desalento ao ver a ilha calcinada pelo fogo, mas, a natureza voltará a ficar verdejante...

    um beij

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  14. De facto morre-se lentamente ao ver-se o fogo a destruir a paisagem e, por vezes, bens essenciais à subsistência de alguns...
    Beijos

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  15. Silenciosamente morro com essa ilha calcinada
    --------
    Há sempre o renascer das cinzas.
    ---------
    Que a felicidade 'possível' ande por aí.
    Manuel

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  16. é mesmo uma tristeza de morrer. ver tudo pintado de cinzento á nossa volta. :(

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  17. Das cinzas, a Madeira voltará a ressurgir...É a esperança de todos nós. Um poema que transmite bem a tristeza do teu sentir. Parabéns|
    Um beijo
    Graça

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  18. Quando bate a saudade sempre dou meu gentinho
    de fazer minha visita .
    Mesmo sendo uma colinha é o único geito
    de me sentir pertinho de você.
    Quero que saiba que sempre vou amar cada um de vocês
    embora minha tristeza é grande em não poder comentar .
    Creia leio todas as postagens e guardo no meu coração.
    Quem sabe depois da cirurgia alguma coisa melhore ,
    mais isso já é com Deus fé eu tenho e muita.
    Um beijo no coração,Evanir..

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  19. Um grito de dor nestes dias vermelhos de fogo e destruição.
    O monólogo silencioso das árvores que não podem fugir nem voar do inferno das chamas nem das mãos e mentes criminosas.

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  20. até as palavras se esvaziam diante do baile de fogo que nos atira para um palco de trevas. e tantos os corações se agitam em alvoroço surdo...

    beijinho solidário, minha querida amiga!

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  21. O país está a arder

    por todos os lados
    mas o seu poema canta
    outros fogos
    Belo

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  22. Reli com imenso agrado o teu excelente poema.
    Rita, querida amiga, tem um bom fim de semana.
    Beijo.

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  23. Morre-se, lentamente, quando os olhos não mais encontram a beleza e o sabor da liberdade. Quando a destruição se faz presente e sabemos que dela fazemos parte. Bjs.

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