quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Adeus

Segui o teu rio,

aquele que levou para longe os murmúrios da tua voz,

e os sussurros das aves que me diziam

que seria o último adeus do teu sorriso.


Caiu em mim o peso da despedida,

como se de repente entrasse no último dia do mundo,

no último dia do tempo,

e a vida perdesse as cores,

numa mescla cinza de tarde de inverno.


Vi a tua sombra diluída

Naquela água onde nada sobrou

a não ser palavras sem ressonância

Onde gastámos as lágrimas

Sem que eu acreditasse

Que um rio não volta


3 comentários:

  1. Sinto a tristeza nos teus olhos. Há momentos que não deveriam existir!
    Mas a vida por vezes nos surpreende. O rio pode não voltar, mas nunca feches o teu porto de abrigo!
    Gostei muito do teu poema!
    Um bom fim de semana. Um beijo!

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  2. O rio vai continua o seu curso
    mas nunca será o mesmo
    Vamos resistir

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  3. Amiga há muito que deixei de visitar
    blogues, mas não a esqueci.
    Estou aqui hoje, para revisitar o seu.
    Desejo que se encontre bem.
    Bjs.
    Irene Alves

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