sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Saudade



Quando desenhei a saudade em folhas brancas
E soltei-as no dia dos ventos gélidos do norte
pensei
seria talvez o fim do sentir a dor da ausência

Quando no horizonte desapareceram as folhas
Rascunhadas daquela saudade cravada nas lembranças
Senti a tua não existência
Daquela que seria a mais bela memória

Desprendi a saudade em folhas brancas
Deixei que as marés as levassem
E o meu coração se acomodasse
No fim do adeus



10 comentários:

  1. A memória pode ser uma saudade boa.

    abraço Rita

    ResponderEliminar
  2. Que bonitos versos, Rita. Parabéns. Achei lindo!

    ResponderEliminar
  3. O coração realmente acomoda-se.
    Vão ficando as saudades mais leves
    e aninham-e na memória...
    Uma boa semana.
    ~~~~~~~~~~

    ResponderEliminar
  4. A saudade pode ser mágoa, pode ser lembrança, pode ser a vida agitando o coração.
    Gostei imenso do poema, Rita.
    Uma boa semana.
    Beijos.

    ResponderEliminar
  5. acomodar o coração em tamanho peito

    é essa a saudade desenhada


    um abraço, Rita

    ResponderEliminar
  6. Há saudades que vão embora e é bom.
    Outras há, porém, que também é bom que fiquem connosco.
    Excelente poema, gostei imenso.
    Rita, tem um bom resto de semana.
    Beijo.

    PS: já há muito tempo que aqui não vinha... perdemo-nos algures no tempo... mas gostei de voltar.

    ResponderEliminar
  7. Muito bonito
    Penso que a vida não seria a mesma coisa...sem saudades.
    Brisas doces ***

    ResponderEliminar
  8. Belíssimo poema, Rita. O quanto a saudade nos faz sofrer...
    Uma ótima semana.
    Abraço.
    Pedro.

    ResponderEliminar
  9. Rita, minha amiga!

    Não sei se já comentei ou não este teu poema, mas fico sempre mto deslumbrada com as tuas palavras, portanto, aqui, tudo é sempre novo e apelativo.

    As saudades e as recordações são a temática deste bonito e bem estruturado poema e depois de tudo, nas mãos, um pouco mais que nada.

    Beijinhos e bom domingo.

    ResponderEliminar