quinta-feira, 28 de março de 2013

Por vezes simplesmente morres






 
Porque morres lentamente quando o dia expira mornamente
E o teu olhar balança na neblina dessa estrada
Vendo o caminho longo que te escasseia a esperança
E sabes que te afastaste de tudo embebido em ti

Às vezes morres sem olhar o céu
E os pássaros cantam o hino da libertação, e deixas cair o corpo num impasse
Talvez as ruínas desse tempo te levem a ver a morte
E despertes desse sono induzido pela velha fada

Por vezes simplesmente morres, como se o rio secasse 

18 comentários:

  1. Quando seca, seca já nada "o" ou "a" reabilita.

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  2. Atrás da neblina há sempre uma linda poesia, abraços

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  3. Simplesmente acontece assim.....


    Feliz Páscoa

    Beijinhos

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  4. Porque a vida é isso mesmo: nascer - viver e morrer.
    Feliz Páscoa.
    Beijinho
    Irene Alves

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  5. por vezes.
    mas precisamos renascer, mesmo que os rios sequem.
    uma boa Páscoa.
    um beijo


    :)

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  6. parece tão simples dito assim

    outras vezes nasces, e é tão simples dito assim


    uma Páscoa feliz para si, Rita

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  7. Às vezes eu ando e mato/ às vezes eu paro e morro (Carlos Posada)

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  8. Por vezes acontece isso, mas quem sabe não será necessário morrer para renascer...
    Beijinho

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  9. Morre, mas renasce! É a Páscoa com seus mistérios! Meu beijo.

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  10. Só a ausência do Sonho pode secar um rio.


    Um beijo

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  11. Oxalá se morresse, simplesmente, com a noção do dever cumprido.

    Beijo :)

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  12. Por vezes, esse sono induzido faz-nos mesmo morrer um pouco...
    Encantado com o teu poema.
    Excelente, minha querida amiga Rita.
    Um beijo.

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  13. Poesia que forma o rio da vida. O Céu continua mas nós mudamos como as pedras do xadrez
    A vida continua e os sonhos não nos deixam morrer

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  14. O duro é que a coisa é bem assim mesmo... necessário, mas poderia ser mais ameno...

    Muito bom, gostei de verdade...

    []s

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  15. Morremos todos os dias um pouco, quando por eles passamos a correr, sem prestarmos atenção às pequenas belezas que eles nos querem mostrar e assim " morremos sem ver o céu...e assim nos afastamos de tudo embebidos em nós ". E, apesar dos pássaros com os seus belos cantos nos quererem alertar para o caminho que estamos a percorrer com demasiada pressa, nós nem os ouvimos; mas eles voltam... e cantam... e cantam sem cansarem. Um dia acordaremos, quereremos ouvir os pássaros, cheirar as flores, olhar o céu, mas...será tarde, porque já morremos. Um beijinho, Rita e muito obrigada por este belo poema que forçosamente nos leva a uma profunda reflexão
    Emília

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  16. Isto está MAGNÍFICO. E também tão verdadeiro... mas os pássaros da esperança e da alegria tornar-nos-ão viventes de uma vida melhor...

    Um beijinho

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