domingo, 3 de março de 2013

Torre de marfim







Construí torres que se fizeram de marfim
Trajei-me de comediante em busca da alegria
Espalhei risos tentando sorrir
Procurei amar sem sentir o amor

Talvez os lamentos da ribeira me despertem
E os murmúrios da ilha me contem histórias
Nas entrelinhas de um poema que me asfixia

Agora ouço a respiração da noite
E sinto a misteriosa sedução do vampiro

Talvez deixe de amar 
Em torres de marfim…

12 comentários:

  1. Os murmúrios da ilha sempre contam histórias....mas nenhuma sobre amar sem amor.

    Beijinho

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  2. "Talvez os lamentos da ribeira me despertem
    E os murmúrios da ilha me contem histórias "
    No dia em que tens aí um alerta vermelho, este poema ainda é mais sentido, mesmo daqui, à distância, onde o sossego é dominante.
    Espero que nada se passe de especial, contigo e com todos os madeirenses.
    Rita, minha querida amiga, tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
    Beijo.

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  3. as torres na ilha

    e a fragilidade do marfim

    é assim o seu poema, Rita

    um abraço

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  4. os murmúrios sempre trazem histórias
    mas amar não deve ser murmúrio mas realidade
    e torres mesmo as de marfim são utópicas

    belo poema

    Beij

    ;)

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  5. podes deixar as torres de marfim, mas não deixes de amar e de escrever. ;)

    beijinhos Rita

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  6. Este poema assenta bem, especialmente num dia como este.
    Beijinhos

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  7. Nostálgico e elegante, o seu poema!

    beijinho para si!

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  8. Nós somos vida e, como ela, nem sempre conseguimos construir "torres de marfim " ; às vezes são torres de pedra lascada onde subimos com medo de que desmoronem; nem sempre temos a alegria tão fundamental para subir a essas torres que gostariamos fossem de marfim. Fingimos a alegria para que a tristeza não contagie os demais, como uma verdadeira peste peçonhenta. Mas...não devemos deixar de amar, não devemos deixar de querer ser amadas, não devemos, enfim perder a esperança de que um dia a torre seja mesmo de marfim. Temos é de seguir em frente gritando o nosso " desprezo " por todos aqueles que fazem tudo para que as nossas torres continuem a ser de pedra mole onde, se subirmos poderemos nos estatelar no chão. Não...isso, ninguém tem o direito de fazer; ninguém pode impedir que sonhemos todos os dias com a nossa " torre de marfim ". Muito lindo, Rita. Um beijinho e fica bem.
    Emília

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  9. Também ouço a respiração da noite...e ela é tranqüila...bjs

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  10. Vim aqui para a ler - com o agrado de sempre - e para deixar-lhe um beijo neste dia especial da Mulher.

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