quinta-feira, 13 de março de 2014

Deixei as palavras



Deixei as palavras obscenamente silenciosas
Lancei-as no vácuo das almas sombrias

E escrevi solidão e silêncio

Num consolo fictício 


Não deixei as palavras falarem de mim

Caíram no papel gélido, procurando vida

Morreram, nasceram, partiram

Indiferentes que estavam ao pensamento


Eram só palavras

levando pedaços de mim

Sem nome nem rosto

Deixei as palavras à beira do porto

No adeus da próxima maré


15 comentários:

  1. Mas são as palavras que restam, quando tudo deixa de existir, então certamente não serão assim tão silenciosas, nem morrerão tão facilmente, e muito menos sozinhas.

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  2. pensaste que as deixaste... (mas elas não te deixam)

    abraço Rita

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  3. Palavras que a maré leva e traz...
    Beijo.

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  4. as palavras existem sempre
    ela vão
    e voltam
    como um ciclo

    ....

    profundo e belo.

    :)

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  5. Cem anos de bruma nos olhos
    Venham devagar ver, ouvir o poeta
    No suor do sonho, ouço vozes num cântico azul
    Garça, gaivota, pássaro voando a sul

    Luminoso fim de semana

    Terno abraço

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  6. Palavras que ficam, que vão, que voltam, mas que jamais a deixam...
    Muito belo!

    Bom fim de semana, Rita.
    Beijos

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  7. Nas" almas sombrias " há muita solidão e o silêncio impera; não o silêncio consentido, desejado, mas o silêncio imposto; não há palavras que entrem nessas almas, nem as palavras escritas nem as ditas; essas almas não querem palavras a falarem dela,,,a falarem seja do que for; as palavras morrem simplesmente. Melhor deixar as palavras para a próxima maré quando a alma deixar a sombra...quando a alma ganhar
    rosto...ganhar nome...quando ela, enfim receber a luz que ilumine a sua solidão. As palavras têm um poder imenso, mas nem sempre são bem recebidas, porque nem sempre a alma está " procurando vida ;" tantas vezes está gélida...completamente vazia!!!!
    Excelente, como sempre, Rita.
    Uma boa semana e que encontres as palavras à tua espera " à beira do porto ". Beijinhos
    Emília

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  9. É esta a natureza delas.

    Lindo poema!

    bjos

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  10. Às vezes as palavras não nascem...
    Magnífico poema, gostei.
    Rita, tem uma boa semana.
    Beijo.

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  11. a cada porto, chega sempre um barco

    há uma consolação maior ao regressar a casa


    um abraço, Rita

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  12. Boa tarde,
    Palavras sentidas que são a morte do pensamento, por vezes as mesmas partem com revolta e regressam com amor.
    Cumprimentos
    ag

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  13. Exorcizar os males mandando embora as palavras que convocam medos e tempestades, é um imperativo. Precisamos que elas trabalhem para nós, e não assustem...

    Beijo amigo

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