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Fotografia de Joana Carvalho |
Caminhámos
Pelas sombras impostas de uma vida bifurcada no pó da estrada.
Sombras de um destino escrito nas estrelas
Que a revolta da terra te crucificou
Sem que os signos do universo te conseguissem salvar
Se nem nas mais fervorosas orações inspiradas nas tormentas
Os deuses me ouviram devolvendo-te das sombras,
Se nem no momento eternizado pela fadiga do orgasmo
Saíste das trevas de uma noite sem som
O meu destino se deita no teu
Num existir sem leito,
Embalado no silêncio dos búzios