Procurei nos rostos que a vida me trouxe
Aquele que a saudade diz-me existir
Procurei tanto o teu rosto
Que te via chegar nas neblinas
mornas do ocaso
E perdia a razão embebida na saudade de vidas ancestrais
Talvez por não te conhecer nesta vida
A chama que te criou em mim
Não me deixa morrer sem te amar
Não sei a hora, mas sei o tempo, que encontrarei o teu vulto
E a névoa findará num sopro morno de sol
Onde o balsamo da tua pele me despertará
Deste sono anónimo que me escondi
E o poeta chamar-te-á sol
E eu: luz