Pudesse eu sentir-te no meu peito recolhido
Nas noites que te bebi até a lua te acolher
Pudesse eu levar-te, nos ciclos das marés
Onde a algas tombam sem a luz da prata e eu te aguardo
Envelhecendo a lua de tanto olhar
Pudesse eu sentir-te, no meu corpo feito teu
Sentir-te no meu sangue, nascendo nas alvoradas
E sufocar-me em ti nesse amar além do tempo
Pudesse eu amar-te, morrendo em ti
Mas basta-me olhar a lua